Num breve instante estava eu à praia
O sol se escondia aos poucos no horizonte
Cenário esplendoroso que me entorpecia
Trazia à tona lembranças outrora distantes
Aquele calor enchia o peito de um amante
De um amor que era como eterna chama
Abraços eram a eternidade de cada instante
Beijos o alimento por quem os lábios clamam
Tão dificil explicitar tudo em tão poucos versos
Sentimento que nem mesmo o coração entende
Resume-se no valor de seus quentes beijos,
Um prazer tão único que os lábios sentem.
Em versos ensino os sentimentos, sou professor
Enquanto sigo olhando cegamente para o mar
Ensinando nestes poucos versos o valor do amor
E mostrando o valor de se ter alguém para amar João Francisco A. Enomoto2:39 AM
terça-feira, julho 15, 2003
Ensaio sobre o Universo
De novo a sós, eu e os plúmbeos céus.
Não há de demorar para que tudo se feche em breu,
Tanto o céu quanto a mim.
Enquanto aguardo o anoitecer eu penso
Penso o que mudou e no que mudei
Se um dia voltarei a ser o que era
Se sentirei de novo aquele gosto
Se dançarei a valsa que nunca dancei
Se...
Que me importa, hoje me sinto um novo ser
Melhorado, forte, determinado, alto
E com o coração mais negro que a noite.
O que aconteceu, pergunto a meu coração.
Ainda estás ai? Dê um sinal de piedade
Ao pobre poeta que se sente só.
Não apenas abandonado pela amada
Mas abandonado pela poesia.
Outrora fora o que me movia, hoje que és?
Devagar meus amores aparecem no céu.
Encobertos pelas nuvens da vergonha de amar,
Do desejo da carne simplesmente e outras,
Muitas estrelas deixaram de brilhar no meu céu.
Quantas são? E quais estrelas eu posso dizer
Que realmente estão no céu, e não suas luzes
Moribundas que impressionam olhos tão facilmente
Impressionáveis.
Que me importa o passado. Passado é mal não
Cauterizado, nódoas não apagadas, passado é
[passado.
Importo-me sim com as estrelas que hão de nascer,
Cujos brilhos hão de ofuscar meus olhos por longo tempo.
Até findarem-se e meu céu estar tão cego quanto eu.
Da minha vida nada sei, porque não enxergo ou me
[recuso
A enxergar o que é realmente certo.
Talvez porque meus olhos se limitem a ver o que esta
Mais perto de mim.
Fato é que com os olhos da alma eu enxergo
O céu mais estrelado, a vida ganha novo sentido.
E vejo tantas estrelas, que poderiam ser minhas
[meninas
Mas não há sentido ou porquê.
A conclusão é que se chega é que não devo procurar
Cegamente as estrelas por quem me apaixono
Mas sim procurar a Lua da minha vida. João Francisco A. Enomoto3:38 AM